terça-feira, 30 de junho de 2009


Ela era tão nova quanto eu, perguntou-me se eu tinha uma paixão, eu não tinha quem dizer e assim disse que não. Ela me questionou novamente, me alfinetando em busca de uma resposta mais concreta e lá esta ela novamente tal pergunta que vem me apavorando: Nenhum melhor amigo? Mas que mania irritante, que idéia é essa de se apaixonar pelo melhor amigo? Nunca se quer consegui entende-la. Talvez por egocentrismo outra vez. Antes de sair ela fez questão de me lembrar: um dia na vida todo mundo se apaixona pelo melhor amigo, eu mesma sou apaixonada pelo meu desde os meus dois anos de idade. Já se passaram alguns meses deste acontecimento, e ate agora nada havia conseguido mudar minha idéia de que este era um conceito idiota e irrelevante. Eu estava ali, andando perdida entre as prateleiras do supermercado, ate que sem mais nem menos parei, por um momento esqueci de como se respirava, meu coração veio a boca, batia forte e como sempre me surpreendia chegando a extremos que nunca antes havia imaginado possíveis. As borboletas voltaram a minha barriga, me fazendo sentir como achei que nunca mais aconteceria, e eu tremia como um papel em uma ventania. Me escondi depressa, por medo talvez, mais medo do que? Do que estava sentindo? Ou perceberem isto? Ate agora não sei, o que sei é que demorou uns quinze minutos para a sensação passar. E eu continuei ali, parada, apenas observando, ao mesmo tempo em que mil coisas se passavam pela minha cabeça, provavelmente eu o conhecia melhor do que a mim mesma talvez por algum motivo que eu nunca vim a entender o conheço melhor do que ele mesmo. Quando cheguei em casa corri ao telefone e contei para uma amiga o acontecido, ela disse que o que eu sentia era amor. E sabe, durante todo esse tempo, digo há cerca de uns oito meses, a maioria das pessoas me disse que estava apaixonada por ele, eu dizia que não, pois nunca se quer cheguei a uma conclusão sobre meus sentimentos por ele, e agora pasmem o menino que estava ali na minha frente era ninguém mais ninguém menos do que o MEU MELHOR AMIGO.

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