E ela havia perdido a vontade de escrevertudoaquiloque havia pensado durante os minutosque antecederam estemomento, agora o olhar estava na tela, não a do computadorenquanto escrevia como a de pessoasnormais, mas na televisãoque parecia hipnotizá-la, ela escrevia sem ao menosver as teclasapenas deduzindo onde estavam sem a mínimaconsciência disso. Provavelmente seria umefeitocolateral da ultima noticia que chegara, outalvezelaapenas estive-se confusa e insegura, ela sabia que amanha a culpa seria toda dela, outravez, sendo que o real culpado eraele. E ela teria de assumir a culpa na frente de todossem o menormotivoparaisso, apenascomoumfato de acontecia, seria constrangedor, humilhante e assustador, masela sabia que esta era a verdade, afinalera a quartavezqueisso acontecia, mas desta vezeradiferenteounãoela costumava dizerisso das outras também. Mas a verdade é queela estava envergonhada, chateada, magoada e confusa, outravez, mesmo sabendo queela tentou, ela ouviu os outrospelasegundavez, a questãoaqui é queela fez tudo o que devia terfeito e sabe o pior, absolutamentenada deu certo. E então havia luz, havia umplanobrilhante e uma duvida gigante, elatinha uma escolha a fazer, mesmo sabendo quecadaescolha é uma renuncia, então o queela faria? Simplesmente iria emboraorgulhosamente culpada sabendo que errou e ignorando o fato de ter de assumirisso publicamente dizendo apenasque a vida é assim se não aconteceu é porquenãotinhaqueacontecerouela iria ignorar o fato de saberque a culpa é dele enquanto finge nãoconhecer a verdade, e estemeiotempotalvez fosse suficiente ate a verdadevir a tona, neste tempotalvezelaescolhalutarporele, mesmosemmotivoparaisso, elatinhaabsolutacerteza de quenão é porque o queria, ou de fato é, masnãoporculpa de algumsentimentooucoisa parecida, apenasporpoder, oupara se convencer de que é capaz, porter errado tantas vezes, na realidade o porqueela queria de fato chegava a ser obvio, ela o queria porqueelanão o tinha, ninguémqueralgoquejá tem, e eraissoquetalvezele iria pensarsobreelanospróximos quinze dias, elapoderiaescolher dedicá-los a lutar, ou a esquecer, tudo dependia dela, normalmenteela lutaria, mesmo sabendo que é apenasinstintohumano, o que a deixarealmentebravacomsimesma, pornãoterummotivojusto, e elanãopoderiacontar a ninguém, pelaprimeiravez na vidaela teria quetomar uma decisão, sozinha e semopiniõesapenasporqueela estava cansada de ouvir os outros.
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