Eu o vi, de novo, andando por ai... Eu tentei não ver, mas vi. Sim, ele, o garoto do tênis azul e laranja. Eu respirei fundo sabendo o que me esperava, sabendo o quanto o céu iria se tornar cinza e sabia também da dor que estava por vir, a onda que iria me acertar em instantes, mas bom, ela não acertou, um minuto se passou e nada. De repente o congestionamento sumiu, e o carro acelerou e eu parti, de uma vez por todas, e foi ai que eu percebi que ele apenas seguia em frente, e eu também deveria fazer isso, não importa o quanto fosse difícil eu devia.