sexta-feira, 16 de julho de 2010
Você esteve aqui, e agora eu não conseguia dormir, era uma e meia da manha, e há uma semana atrás a essa hora nos estávamos há uma hora no telefone, uma semana e você havia sumido, de novo. Até hoje, E ali, naquele exato instante tudo começava, outra vez. A cidade estava tão cinza quanto Londres, a chuva fria e rala ainda caia sem parar, o vento frio era constante e logo pelo amanhecer já cortava minhas bochechas, eu poderia fechar os olhos e ficar ali apenas sentindo por todo o resto do dia, mas não havia tempo para isso, a vida ainda me esperava. Então eu iria ao seu encontro, naquela manha, foi difícil sair da cama, estava tão frio o cobertor e o travesseiro me aninhavam, mas ainda não era suficiente, me falta algo, me faltava você. Eu ainda podia sentir o seu cheiro, mas você não estava mais ali, e eu não tinha ao menos um numero para ligar, só de ouvir a sua voz, já me bastaria. Não, mentira, não bastaria, eu precisava de mais, eu precisava das suas mãos na minha cintura, só porque encaixava direitinho, e eu precisava do seu beijo, porque é o meu preferido, porque de todos os garotos é você o meu escolhido. Eu abri os olhos devagar, apenas para confirmar minhas expectativas e como já esperado não havia ninguém no quarto, exceto eu. Me recusei honestamente a levantar, apenas liguei o radio, e continuei ali quieta, ouvindo a nossa maldita musica até acabar, e então silencio, olhei para o relógio, as horas mal passavam e ainda havia um dia inteiro pela frente, era cinco horas da manha e eu ainda estava ali com o coração na mão, outra noite se passou e não dormi, porque estava pensando em você, me levantei e peguei o violão, pela janela eu podia ver o céu mesmo escuro ainda era cinza, e se eu não soubesse que o sol estava ali em algum lugar nunca saberia que o dia estava amanhecendo, da mesma forma que se eu não soubesse que você esta ali naquela cidade em algum lugar que eu mal posso ver pela janela, eu não sairia mais deste quarto. Já era sete horas da manha e eu ainda não havia largado o violão com quatro notas te escrevi uma canção. Der repente eu sabia que era isso o que eu tinha que fazer, vesti a primeira roupa que encontrei, talvez a mesma de ontem na verdade nem sei, peguei o violão e corri ate rua, mesmo sendo invadida pelo frio, eu sobreviveria, porque havia algo mais importante a fazer agora, no meio da rua gritava e sorria como uma criança esperando ansiosa para entrar no parque de diversões, eu apenas tentava parar um taxi, fugi ate sua casa, e soquei a porta ate sua mãe abrir, me olhando com aquela cara de irritação, ela nos mataria por eu estar ali, mas eu não tinha outra escolha, fui entrando devagar, pedi por você ela disse que estava dormindo, então eu disse que iria te acordar e sai correndo ate seu quarto mas na porta eu parei, você estava ali dormindo como um bebe, e eu uma louca com um violão na Mao chorando como um bebê, sentei na cama, e fiquei te olhando dormir, oh meu Deus, eu poderia ficar ali para sempre, meu coração batia forte, forte demais, eu não conseguia mais me conter, passei a Mao no seu cabelo, e te acordei com um beijo no rosto, nunca vou esquecer sua cara de confuso ao me ver,mas você sorria como uma criança de quarto anos e isso me fez ganhar o dia, então eu podia ouvir sua voz, suas mãos finalmente estavam novamente na minha cintura, o seu cheiro estava em mim e o seu beijo era de novo meu, porque era você e apenas você o meu garoto preferido.
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Gostei :)
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